quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SESAI confirma apoio à Iª FEIRA DE CIÊNCIAS & Iª AÇÃO COMUNITÁRIA da Escola Estadual Indígena Cacique Timóteo da Aldeia Cachoeirinha



*Por Leosmar Antonio
Foto 1. Reunião define serviços a serem prestados na
Iª Ação Comunitária da E. E. I. Cacique Timóteo.

Em reunião ocorrido ontem pela manhã (29), na Igreja UNIEDAS da Aldeia Cachoeirinha a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI  / MS) reafirma apoio para consolidar a Iª Feira de Ciências & Iª Ação Comunitária da Escola Estadual Indígena Cacique Timóteo, nos dias 18 e 19 de outubro de 2012.
Aferição de pressão, teste de glicemia, medição do IMC, palestra sobre álcool e drogas estão entre os serviços a serem disponibilizados gratuitamente pela SESAI no dia 18 de outubro pela manhã.
Eventos dessa natureza é novidade na Comunidade Indígena Cachoeirinha e, só se consolida por meio de parceirias como essa, firmada por intermédio do Presidente do Conselho Local de Saúde Indígena do Município de Miranda, Laércio Antonio que, prontamente vem prestando apoio em vários projetos da escola.
Assim, a comunidade, de maneira geral, poderá prestigiar as exposições científicas e desfrutarem de vários serviços, exercendo a sua cidadania e promovendo melhorias na qualidade de suas vidas.
Na reunião, estavam presentes o Coordenador Pedagógico Celinho Belizário, Professores Jailson Joaquim e Leosmar Antonio, além da Psicóloga Cynthia Prudencio e a Nutricionista Cynthia Costa da SESAI / Miranda.
Foto 2. Da esquerda para direita: Coord. Pedagógico Celinho Belizário, nutri-
cionista Cynthia Costa e Prof. Leosmar Antonio.


* Biólogo pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Professor do Ensino Médio da Escola Escola Estadual Indígena Cacique Timóteo e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / Aquidauana.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Terra dos Terena

 


Os antigos, aqueles que vieram do Êxiva, nâo sabiam ler nem escrever, mas sabiam o tempo da plantação. Eles sabiam bem o tempo em que as árvores floresciam todos os anos. No mês de agosto começavam a derrubar o mato para plantar. Plantavam sò um pedacinho de terra, mas dava uma produçâo grande, com fartura. Não faltava nada para o índio comer. Tambèm tinha bastante peixe e caça. E também muita mandioca para comer. Daqueles patrícios que moravam na cachoerinha, deste nosso Povo Terena, é desses que eu conto a historia.

Felix, ancião de Cachoeirinha

Historia da origem do povo Terena


Havia um homem chamado Oreka Yuvakae. Este homem ninguém sabia da sua origem não tinha pai nem mãe e ninguém o conhecia.
Ele vivia caminhando pelo mundo..
Um dia andando por um caminho, viu um bem-te-vi piando, olhando com medo para o chão. Ele aproximou-se devagarzinho onde o passarinho apontou e olhou.
Era um buraco, com muito capim, parecia um brejo.
Lá dentro havia muitos homens e mulheres, era o povo Terena, o bem-te-vi descobriu onde havia gente.
Os Terenas estavam no buraco embaixo da terra e tremiam de frio, não sorriam e nem falavam...
Então o coelho, por ser ligeiro, foi atrás do dono do fogo. Quando chegou, fizeram uma grande fogueira...
Os Terenas levantaram os braços e Oreka Yuvakae foi puxando todos para perto do fogo.
Eles queriam conversar, mas não conseguiram. Oreka Yuvakae chamou alguns animais e aves para ajudá-lo.
Povo Terena fez fila e o primeiro animal a passar por ela foi o lobinho que mesmo pulando rodopiando, mordendo o rabo não conseguia fazer o povo sorrir e falar.
Chamara o sapinho vermelho, que passou pela fila três vezes.
Então o povo Terena começou a dar risada e falar.
Oreka Yuvakae percebeu que o povo Terena falava diferente dos outros povos, era gente de todas as etnias.
Oreka Yuvakae foi aumentando o mundo para todos caberem nele.
Deu algumas sementes de feijão e milho, rama de mandioca e foi ensinando o povo a roçar e plantar.
Deu semente de algodão e os ensinou a tecer.

Todos aprenderam a fazer arco e flecha.
Aprenderam construir a casa para sua moradia.
Até hoje o povo Terena é reconhecido pela sua habilidade com a agricultura.